1. A Base das Lajes
O Presidente do PS/ Açores, Francisco César, foi o primeiro colocar, cá e na Assembleia da República, o problema dos salários na Base. De seguida, o governo disse que a responsabilidade era (e é) dos EUA e do País. Contudo, a República não cumpriu e o Governo dos Açores ainda disse que “seguiu orientações do Primeiro-Ministro”! Afinal, é a “autonomia tutelada” que Bolieiro nega na sua “bolha irrealista”. Como no POSEI, mostrou-se sem força política junto de Montenegro. Outrossim, da FLAD, nada, exceto o seu financiamento por via da Base na Terceira! Por agora, há acordo democratas/ republicanos. Talvez se resolva o assunto. Não obstante, só dois políticos defenderam os Açores. Destaque para Francisco César e depois Artur Lima que mais pareceram os verdadeiros Presidentes do Governo. Não se acanharam. Artur Lima até nomeou, sem rodeios, Rangel e Nuno Melo como incumpridores para com os Açores.
2. O Secretário de Estado da Proteção Civil
Na presença do Secretário de Estado, o inquilino de Santana “pediu” para se estender à Região competências e atribuições regionais!!! Bolieiro teve esta postura subserviente, por pensar (mal) que a República fará leis nacionais para pagar competências da Região. É sabido que quem pensa é capaz de resistir e essa resistência dá liberdade….
3. A cimeira do grupo de trabalho
Adiada desde 2024, a Madeira e os Açores participaram num Conselho de Ministros. Não é inédito e menos ainda histórico como Bolieiro anunciou com a sua fala política hiperbólica e ridícula. Só lhe faltou repetir a conversa fiada do “facto nacional e mundial”! Já Albuquerque, com parcimónia inteligente, foi cauteloso. Não exultou com mais um grupo de trabalho. Todavia, para que serviu o estudo e a proposta de Lei de Finanças Regionais feita por Paz Ferreira e paga pelo governo? Ao contrário do que se pensa em Santana, esse grupo de trabalho servirá para condicionar o que já se conhece do estudo e proposta de Paz Ferreira. É a dita autonomia tutelada. Nas finanças sempre foi mau juntar a Madeira e os Açores. O final da história dirá isso….
4. E a SATA?
Novo adiamento da privatização, com o consórcio a exigir 600 ME da Região. Que capital investirão os privados? E os despedimentos com nomes pomposos? O garrote do governo com os prejuízos e a falta de liquidez diária justificam a genuflexão ou “jogam” datas para a aprovação do Plano e Orçamento 2026? Bolieiro desresponsabiliza-se da SATA, malgrado o maior ritmo de endividamento pós-2020. Visita e “canibaliza” investimentos nos aeroportos a cargo da República. Diz ZERO sobre o aeroporto do Pico. Fenomenal!
5. O (des)emprego
É positiva a boa tendência global da baixa do desemprego. Apesar disso, este indicador coexiste com a Região mais pobre de Portugal! Esta pobreza manifesta-se mesmo em quem trabalha porque temos baixa qualidade de emprego, baixo nível salarial, enormes desigualdades e o mais alto custo de vida. São fatores que, infelizmente, persistem na degradação horribilis dos Açores.